segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Liberalismo e Natureza - A Propriedade em John Locke



Conheça o livro Liberalismo e Natureza - A Propriedade em John Locke de autoria de Rodrigo Suzuki Cintra, publicado pela Ateliê Editorial.


ORELHA - Prof. Fernando Herren Aguillar

O Professor Rodrigo Cintra nos oferece uma análise serena e consistente de um dos temas mais fascinantes da construção do mundo contemporâneo: os fundamentos do capitalismo, na visão de um de seus principais pensadores. Direito, propriedade, trabalho e moeda foram objeto da reflexão de John Locke em momento sensível da transição para a sociedade em que vivemos. Não foi por acaso que sua obra se tornou clássica. Locke foi capaz não apenas de antever a importância das transformações que se operavam, como também de justificá-las intelectual e moralmente. Rodrigo Cintra, em linguagem particularmente agradável e com grande capacidade de síntese, nos conduz com segurança pelas engenhosas construções do autor britânico. Para isso, teve que se debruçar sobre as relações desses temas com as ideias do Contrato Social, da Justiça e do Direito Natural. Os temas escolhidos pelo Prof. Cintra revelam sua consciência da importância do pensamento lockiano para a compreensão não apenas da gênese do capitalismo, mas também de seus limites sistêmicos, frequentemente expostos ao debate nos dias de hoje.

4ª CAPA

Através de uma leitura ao mesmo tempo sofisticada e rigorosa, Rodrigo Cintra investiga os contornos iniciais do liberalismo a partir da filosofia política de John Locke. A propriedade privada como um direito natural aparece, neste livro, como elemento essencial para a construção da sociedade civil, assim como também pode justificar o rompimento da ordem social feito através da resistência política. Rodrigo Cintra interpreta a propriedade privada, no sentido lockiano, como a pedra angular de todo sistema político, jurídico, ético e econômico do filósofo inglês. A questão que se coloca é até que ponto se pode dizer que o liberalismo, nos moldes em que foi formulado por seu primeiro autor, contém em si contradições que colocam em xeque a ideia de justiça. Em outras palavras, Rodrigo Cintra denuncia certa contradição no pensamento lockiano que pretende a universalidade de direitos, quando, na verdade, os direitos universalizados são para poucos, os proprietários.
A percepção de que a liberdade e a igualdade de todos os homens ainda impregnam o discurso liberal moderno, apesar de operarem apenas formalmente, aponta para a necessidade de se estudar os clássicos, como Locke, para entendermos o nosso próprio tempo.

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