Soneto 138 de Shakespeare
When my love swears that she is made of truth,
I do believe her, thought I know she lies,
That she might think me some untutored youth
Unlearned in the world’s false subtleties.
Thus vainly thinking that she thinks me young,
Although she knows my days are past the best,
Simply I credit her false-speaking tongue;
On both sides thus is simple truth suppressed.
But wherefore says she not she is unjust?
And wherefore say not I that I am old?
O love’s best habit is in seeming trust,
And age in love loves not t’ have years told:
Therefore I lie with her, and she with me,
And in our faults by lies we flattered be.
Soneto 138 de Shakespeare (tradução livre)
Tradução: Rodrigo Suzuki Cintra
Quando meu amor jura que é feita de verdade,
Eu acredito nela, apesar de saber que é mentira,
Ela deve pensar que sou qualquer moço sem idade
Que não conhece de fato como o mundo gira.
Assim, inutilmente acreditando que ela me acha jovem,
Apesar de saber que meus melhores dias já não voltam mais,
Simplesmente eu acredito em suas palavras que me comovem,
Na medida em que a verdade não nos satisfaz.
Mas por que ela não admite ser desonesta?
E por que não admito ser um homem idoso?
O melhor do amor é ser hábito que ninguém protesta,
Pois mentir no amor é sempre mais gostoso:
Nos deitamos em nossas mentiras, eu com ela e ela comigo
E na mentira do amor nós encontramos abrigo.
E na mentira do amor nós encontramos abrigo. (lindo).
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