Nas geometrias de cosmos
não há harmonia dos
astros
nem estrutura misteriosa
de ordenação das pequenas
coisas
tudo é um compasso
de relâmpago
um estouro repente de luz
na brevidade
do escuro do profundo
a pele não tem sentido
de tempo
que não seja delicadeza
uma história não começa
no espaço
antes de ser saudade
toda a pintura é ainda
mais dor
pela tonalidade do
indefinido
os instantes teimam
um infinito
no silêncio do quase
e estou apaixonado
por alguém
pelo talvez das
possibilidades
Nunca olho para as
estrelas de madrugada
tenho o firmamento dentro
de mim
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