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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tradução - Soneto de Shakespeare

Soneto 138 de Shakespeare


When my love swears that she is made of truth,

I do believe her, thought I know she lies,

That she might think me some untutored youth

Unlearned in the world’s false subtleties.

Thus vainly thinking that she thinks me young,

Although she knows my days are past the best,

Simply I credit her false-speaking tongue;

On both sides thus is simple truth suppressed.

But wherefore says she not she is unjust?

And wherefore say not I that I am old?

O love’s best habit is in seeming trust,

And age in love loves not t’ have years told:

Therefore I lie with her, and she with me,

And in our faults by lies we flattered be. 


Soneto 138 de Shakespeare (tradução livre)

                                     Tradução: Rodrigo Suzuki Cintra



Quando meu amor jura que é feita de verdade,

Eu acredito nela, apesar de saber que é mentira,

Ela deve pensar que sou qualquer moço sem idade

Que não conhece de fato como o mundo gira.

Assim, inutilmente acreditando que ela me acha jovem,

Apesar de saber que meus melhores dias já não voltam mais,

Simplesmente eu acredito em suas palavras que me comovem,

Na medida em que a verdade não nos satisfaz.

Mas por que ela não admite ser desonesta?

E por que não admito ser um homem idoso?

O melhor do amor é ser hábito que ninguém protesta,

Pois mentir no amor é sempre mais gostoso:

Nos deitamos em nossas mentiras, eu com ela e ela comigo

E na mentira do amor nós encontramos abrigo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tradução - Poema de e. e. cummings

“in a middle of a room”
e. e. cummings

in a middle of a room
stands a suicide
sniffing a Paper rose
smiling to a self

“somewhere it is Spring and sometimes
people are in real:imagine
somewhere real flowers,but
I can’t imagine real flowers for if I

could,they would somehow
not Be real”
(so he smiles
smiling)“but I will not

everywhere be real to
you in a moment”
The is blond
with small hands

“& everything is easier
than I had guessed everything would
be;even remembering the way who
looked at whom first,anyhow dancing”

(a moon swims out of a cloud
a clock strikes midnight
a finger pulls a trigger
a bird flies into a mirror)

***

“no meio de um quarto”
Tradução: Rodrigo Suzuki Cintra

no meio de um quarto
está um suicida
cheirando uma rosa de Papel
sorrindo para um Eu

“em algum lugar é Primavera e de vez em quando
pessoas estão no real:imagine
em algum lugar flores reais,mas
eu não posso imaginar flores reais porque se eu

pudesse,elas de alguma maneira
não Seriam reais”
(então ele sorri
sorrindo)“mas eu não serei

em todo lugar real para
você em um instante”
O é loiro
com mãos pequenas

“& tudo é mais fácil
do que eu havia suposto que tudo
seria;inclusive lembrando a maneira de quem
olhou para quem primeiro,dançando de qualquer jeito”

(uma lua escapa de uma nuvem
um relógio bate meia-noite
um dedo puxa o gatilho
um pássaro atravessa um espelho)

domingo, 4 de setembro de 2011

TRADUÇÃO - Poema de Dylan Thomas

Do not go gentle into that good night

Dylan Thomas



Do not go gentle into that good night,

Old age should burn and rave at close of day;

Rage, rage against the dying of the light.



Though wise men at their end know dark is right,

Because their words had forked no lightning they

Do not go gentle into that good night.



Good men, the last wave by, crying how bright

Their frail deeds might have danced in a green bay,

Rage, rage against the dying of the light.



Wild men who caught and sang the sun in flight,

And learn, too late, they grieved it on its way,

Do not go gentle into that good night.



Grave men, near death, who see with blinding sight

Blind eyes could blaze like meteors and be gay,

Rage, rage against the dying of the light.



And you, my father, there on the sad height,

Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.

Do not go gentle into that good night.

Rage, rage against the dying of the light.



Não vás tão gentilmente nessa boa noite escura

Tradução: Rodrigo Suzuki Cintra



Não vás tão gentilmente nessa boa noite escura,

Os velhos deveriam arder e bradar ao fim do dia;

Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.



Os homens sábios, em seu fim, sabem com brandura,

O porquê a fala de suas palavras estava vazia,

Nâo vão tão gentilmente nessa boa noite escura.



Os homens bons, ao adeus, gritando como a alvura

De seus feitos frágeis poderia ter dançado em uma verde baía,

Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.



Os homens selvagens que roubaram e cantaram o sol na altura,

E aprenderam, tarde demais, que o lamento toma sua via,

Não vão tão gentilmente nessa boa noite escura.



Os homens graves, perto da morte, enxergam com olhar que perfura,

O olho quase cego a brilhar como meteoro, então, cintilaria,

Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.



E você, meu pai, do alto e acima de tudo que perdura,

Maldiga, abençoe, com sua lágrima triste, eu pediria:

Não vá tão gentilmente nessa boa noite escura,

Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.