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domingo, 10 de novembro de 2019

Vídeo de apresentação do canal Conexões




O canal #Conexões é um espaço de análises, interpretações, digressões, explicações – um modo de amarrar as Humanidades e a Arte em suas mais diversas manifestações –, protagonizado pelo filósofo #RodrigoSuzukiCintra. Também é lugar de inventividade solta, debates de ocasião e blefe de cálculo. Com temática variada, mas sempre a partir de chave cultural crítica, é um canal aberto aos comentários e refutações dos espectadores. Participe, se inscreva, comente e compartilhe. Novos vídeos, semanalmente. 

Coringa | Rodrigo Suzuki Cintra | Conexões 1




sábado, 1 de julho de 2017

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Golconda, 1953 (Magritte) ou Chuva de Mim Mesmo




I

         Um dia desses, essa quase interminável chuva de mim mesmo, essa intempérie inesperada promete acabar e poderei verdadeiramente flutuar de forma livre ainda que fragmentado em gotas de mim – serei composto de partículas bojudas que não cairão mais das alturas, mas ficarão suspensas como balões estáticos. Inertes. Simplesmente pairando em pleno ar.
         Nessa ocasião, me tornarei mais próximo daquela promessa que fiz a mim mesmo – o homem que eu queria ser antes da chuva começar. Não poderei voar, essa é uma das minhas mais tristes certezas, mas, pode ser que seja um pouco mais feliz. Pelo menos não precisarei me preocupar em derramar mais tanto de mim.

II

         Somadas as características essenciais, todas as variações, são poucas as diferenças entre as possibilidades.
         Em 71 casos, pode-se ser original. Em 50, a divisibilidade é por 2, 5, 10, 25 e 50 (ser divisível por 2 é um dos principais defeitos da imagem).
         Segundo o cálculo de alguns, é possível que se caia dos céus 121 vezes. Mas, ascender às alturas somente se dá em 23 casos.
         De qualquer modo, o sobretudo e o chapéu sempre ajudam: é evidente que, mais uma vez, se esquece o guarda-chuva em casa.

III

         Pode bem ser que a tela capture um momento, apenas um instante, de um movimento constante. Do céu para o chão, pingam homens vestidos de sobretudo e chapéu escuros; ou, do chão para o céu, ascendem homens a desafiar a gravidade.
         Se assim for, de qualquer modo, nada nos indica a velocidade do movimento, e fazer o quadro ganhar vida em nossa imaginação não garante, necessariamente, uma compreensão maior sobre sua estrutura.
         Ao olhar a imagem de longe, os inúmeros homens que compõem a tela parecem ser apenas borrões. Gotas negras a manchar o céu e os pequenos prédios de apartamentos: ocasiões do negro em um céu azul sem nuvens, em um telhado avermelhado sem telhas e em paredes de prédios cinza-claros sem portas visíveis.
         O escuro se repete, inclusive, como mancha do próprio borrão, pois, se observarmos atentamente, os homens vestidos de negro provocam sombras nos prédios que denunciam a presença do sol.
         De fato, é curioso que ninguém se atreva a abrir as janelas e que mesmo as cortinas fiquem quase completamente cerradas. Não há, aparentemente, um lado de dentro dos prédios que possa ser verificável. A lógica da imagem é completamente externa aos prédios, com os enigmáticos homens a borrar os outros elementos.
         Meramente suspensos, caindo dos céus, ou ascendendo às alturas, os homens parecem ser repetições de um mesmo personagem. Multiplicado infinitamente – tudo nos leva a crer que é impossível contar quantas variações do mesmo homem aparecem no quadro – o personagem parece não passar por nenhuma transformação em nenhuma de suas aparições, se bem que, dependendo da ocasião, apareça sob ângulos diferentes.
         Apesar de não ter, aparentemente, nada em comum com a maioria dos observadores da imagem, ele provoca identificação. Há algo nele que nos remete a nós mesmos. Não é o chapéu, nem mesmo o sobretudo, o que leva a essa sensação. É a repetição infinita que nos induz a essa tendência. Apesar de ser uma afirmação arriscada, que quase não se propõe, há algo de espelho nessa infinidade de figuras absolutamente idênticas. Mas, isso não quer dizer que esse personagem provoque os mesmos significados para cada um dos observadores da imagem.
         Os homens mais imaginativos pensam que esse homem está suspenso no ar, flutuando como uma bolha de sabão, e que bem que gostariam de experimentar essa sensação de leveza absoluta.
         Os religiosos imaginam que estão subindo da terra aos céus. Veem nessa possibilidade alguma espécie de revelação mística e ficam contentes com a imagem toda, convencidos de que encontrarão a salvação.
         Os homens que têm demônios internos mais frequentes somente conseguem imaginar a si mesmo caindo das alturas e se sentem incomodados com a ideia de que se espatifarão completamente pelos chãos.
         E existe também aqueles observadores que ao olhar para a imagem não conseguem enxergar outra coisa a não ser a possibilidade de voar. São os homens de imaginação mais solta, que encontram na arte sempre alguma possibilidade de libertação.

         No que me diz respeito, só uma coisa me incomoda de verdade. Nessa infinita multiplicação de mim mesmo, em todos os casos, eu continuo sendo eu mesmo. 

domingo, 30 de abril de 2017

Canção de Amor, 1914 (de Chirico) ou Gesto com Luva Vermelha (variação nº 2)




      Talvez se o busto de Apolo estivesse completo, com ombros e tudo, a luva cirúrgica não precisaria ficar pregada na arquitetura de uma construção geométrica. Não seria, obviamente, possível colocar a luva na escultura, afinal, bustos não têm mãos, mas pode ser que a luva vermelha ficasse solta nos ombros invisíveis de Apolo.
         A luva de borracha nos incomoda, sobretudo por ser vermelha, acostumados que estamos com uma higiene que embranquece o vestuário. Mas, ela não é o único objeto de borracha. A bola também aparenta ser feita desse material e, ali, inerte, nos induz a pensar em movimentos maiores.
       De certo modo, a bola de jogar parece caber perfeitamente na luva, como se pudéssemos segurar o brinquedo com apenas uma das mãos. Este senso de proporção acompanha o tamanho do busto. Seria possível, inclusive, usar a luva para dar um estalo na face insensível de Apolo, forçando esse Deus a demonstrar sentimentos humanos. Aquele que leva um estalo na face sempre demonstra alguma espécie de sentimento humano.
         Evidentemente, a construção geométrica que está em segundo plano do quadro é demasiado pequena, se compararmos com o tamanho dos demais objetos. Mas, sem dúvida, é o único elemento da composição que está verdadeiramente do tamanho real.
         O modo como a luva de borracha vermelha está pregada à construção é algo que incomoda. Por certo, um prego de aço é exagerado para segurar o peso de uma mera luva vermelha. É exagerado porque ela é vermelha, não por causa de seu peso.  
       A bola de jogar dá a impressão de que é preciso fazer alguma coisa com ela. Porém, é perfeitamente descartável. E se fosse preciso pintar o quadro mais uma vez, de modo absolutamente fiel à primeira versão, uma cópia completamente exata, uma segunda tela somente seria a representação adequada da original se jogássemos a bola fora.
Isso é verdade.
Não é, no entanto, por ser de borracha, nem por ser verde, que a bola é descartável. É porque ela tem um segredo, na sua inutilidade dentro da composição, que transborda o sentido da pintura como um todo.
         Se a bola de jogar fosse parar em outro quadro, uma representação exclusiva da bola de jogar, uma representação verde, como não poderia ser diferente, uma vez que é uma bola de jogar, teríamos um quadro que incomodaria mais que esta Canção de Amor. Isto porque a bola tem um segredo, na sua inutilidade dentro da nova composição, que transborda o sentido da pintura como um todo. O problema é que a pintura como um todo seria somente a representação da bola de jogar verde. Este é o segredo: a bola de jogar é verde.        
         Existe música na pintura. Trata-se, sem dúvida, de uma canção de amor. Não é o estalo na face do busto de Apolo (inadvertidamente, esta ideia é tentadora) o que pode produzir a sonoridade, provocando este Deus a se manifestar. Há algo de divertido em estapear os deuses. É o trem que passa que produz toda a musicalidade. É uma música por demais urbana, pois representa os amores na solidão das metrópoles. O ritmo da passagem do trem, um som contínuo e sedutor – uma marcha – essa é a melodia da canção. Mas, é preciso estar atento para o fato de que no exato momento em que vemos o trem ao fundo do quadro, no instante preciso em que sua presença se faz sentir, quando percebemos que a pintura estaria incompleta sem a sua representação, ouvimos, nitidamente e sem maiores avisos o seu apito.
         Este apito, singularmente curto, corresponde ao refrão da canção. 
      Algo preocupa muito na lógica da compreensão do quadro. É certamente uma questão essencial e, pode-se dizer que, após o som do apito, naquele momento em que percebemos o trem, acaba por nos intrigar profundamente pois diz respeito à direção que devemos tomar nas questões amorosas. Pode ser que seja, inclusive, o mais importante da composição: não dá para saber ao certo se o trem, ao fundo da tela, produzindo fumaça, seguirá para a esquerda ou para a direita.  

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Celebes, 1921 (Ernst) ou Breve gesto com Luva Vermelha




Escrito em João Pessoa (07/11/14)





I

          Um céu com texturas compostas de tonalidades variadas de azul denuncia, por oposição, a terra desolada.
Apesar de a imagem estar preenchida em quase toda a sua totalidade por uma criatura-estrutura gigantesca e singular, temos a impressão que a área ao seu redor, caso pudéssemos vê-la à distância, seria desértica.
          A máquina-animal que está no centro da cena é particularmente única. Pelo menos, e disso estamos certos, é a única que pode ser vista nas proximidades.
          Há algo de aço na robustez dessa coisa-coisa. E mesmo que exista qualquer elemento orgânico em sua estrutura, isso deve, provavelmente, também ser feito de algum material metálico, sem dúvida.
          Alguns apostam, sem titubear, que se trata de um elefante muito particular. Outros, que é, certamente, um tanque de guerra pronto para o combate. De qualquer modo, veículo ou animal, trata-se de um artefato ou de um ser extremamente curioso.
          Aqueles que sustentam a tese de que se trata de um elefante, apontam para a existência de uma tromba que, curvilínea, causa mais impressão pelo fato de não parecer funcional do que pela sua posição. Ela não parece ter começo nem fim. Está ligada ao mesmo tempo ao corpo do elefante e a cabeça do animal, o que impossibilitaria o seu uso. Mas, parece perfeitamente adequada a composição, apesar de ser, se assim o for, plenamente inútil.
          Para os que estão certos de que se trata de um veículo de combate, é claro que a estrutura curvilínea a que os outros chamam de tromba corresponde ao canhão do tanque. Um canhão meio inusitado pois, a princípio, é menos rígido do que se esperaria de uma máquina de artilharia pesada.
           A cabeça da criatura-estrutura possui chifres e dentes de latão e está separada do corpo ligando-se a este pela tromba, ou se arriscarmos outra interpretação, pelo canhão.
          Dois elementos, no entanto, chamam atenção e apontam, cada um a seu modo, para interpretações divergentes. Uma espécie de chaminé feita de peças de metal colorido disposta logo acima da estrutura sugere que essa é mais um veículo militar que um elefante em potencial. Porém, em contraposição, do lado esquerdo da criatura, duas presas se projetam do corpo, dando a entender que se trata de um elefante particularmente especial e não de uma máquina de guerra.
          Às vezes, devido à posição das presas, temos a impressão de que a cabeça verdadeira do animal está escondida pelo seu corpo e que o que podemos ver na figura corresponde à sua parte traseira. A tromba, assim, se transforma em rabo e a criatura toda parece ser ainda mais enigmática visto que teria, nesse caso, duas cabeças.

II

Com um gesto gracioso, o corpo da mulher sem cabeça domina o primeiro plano da pintura, apesar de quase ninguém reparar nela. Sua imagem está recortada pela própria tela e seu corpo muito branco, sem sombra de dúvida, está completamente nu. Não há dúvida de que deve ser uma mulher muito bela, mas, de qualquer modo, sua representação completa foi sequestrada pela lógica do quadro. Talvez o gesto que ela faz com um dos braços, delicado e preciso, sugira que se trata de uma bailarina. Inadvertidamente, sempre que estamos em dúvida, pensamos que são bailarinas. A mulher certamente não está inerte e o movimento do braço não poderia estar completo sem aquele gesto absolutamente característico da sua mão que, atrevida e de propósito, deixa-se levar por aqueles modos caprichosos exclusivamente femininos que causam admiração, proporcionam beleza e são extremamente sedutores. É evidente e perceptível que a ausência da cabeça nessa figura não se dá pelo recorte da tela. Sentimos, em um primeiro momento, a sua falta. Porém, a delicadeza do gestual (e os seios perfeitos...) nos cativa logo após um segundo exame e não conseguimos pensar em nenhuma cabeça específica que pudesse ajudar a dar um significado maior para o modo como ela foi representada. A ausência de cabeça, de certa maneira, facilita a imaginação – pois leva a pensar qual rosto de mulher nos vem à mente quando o caso é o de tentar preencher uma face que a própria imagem nos negou. A brancura do corpo da mulher, a perfeição do volume de seus seios e a ausência de cabeça produzem um impacto profundo em quem se propõe a olhar essa bailarina de um modo mais detido. Essas características do corpo da bailarina quase que fazem com que não nos preocupemos em perceber a luva que ela veste em uma das mãos. Talvez fosse possível dizer, por causa disso, que a mulher não está completamente nua – a luva ainda esconde algo de seu corpo. Porém, essa seria uma visão severamente equivocada. Pois é justamente a luva, em cores vivas, a contrastar com a brancura do corpo, que garante a nudez total.

III

Ao ocupar quase que a totalidade da tela, a coisa-coisa, criatura-estrutura, elefante-tanque tem matizes escuros, em tonalidades de cinza. Podemos ver toda a sua proporção a partir do ponto de vista em que nos encontramos como observadores. Estamos em ângulo privilegiado, bem de frente para este monstruoso constructo.
 Sua disposição aponta para a inércia, parece estar parado, e sua estatura e volume, sem dúvida, nos remetem ao peso. Pode bem ser que se trate de uma máquina de guerra singular, um elefante-tanque, e, nesse caso, a impressão de que o cenário para além dos limites da tela, caso pudéssemos vê-lo por completo, seria de pura desolação confirmaria a sensação de que a estrutura em questão serve mais à destruição do que à vida.
Sua existência, como potencial máquina de guerra, uma estrutura do extermínio, é intrigante porque estranhamente dá a sensação de operar de maneira autônoma, sem intervenção humana. Como se fosse uma mecânica que, de alguma forma, se bastasse.
A mulher-bailarina é branca. Muito branca. Seu corpo está incompleto, em muitos sentidos – a mulher não é retratada da cintura para baixo. Inclusive, estar ao mesmo tempo dentro do campo de visão do observador e fora de seu campo de visão, é estratégia fundamental para destacar sua movimentação. Ela está na extremidade direita da pintura, mas em primeiro plano, e contrasta visivelmente com a centralidade do tanquedeguerraelefante. Tudo nela aponta para um suave deslocamento. Bem pode ser que ela esteja ensaiando para uma apresentação de balé.
A estrutura ao centro é, sem dúvida, composta de aço, metal e ferro; já a bailarina, é feita de carne e sua estatura pequena, leve e magra entra em conflito com o tamanho avantajado, o peso e o porte avolumado da criatura.
          Mas, se a contradição é evidente, não se sabe ao certo se é a possibilidade de dança ou a possibilidade de destruição o que está fora do lugar na tela.
          E, talvez, alguns críticos mais atentos sugiram que, no fundo, as duas hipóteses correspondem à mesma coisa na lógica da composição.

IV


Em um céu de texturas elaboradas em tonalidades variadas de azul, em uma terra desolada, em um solo em que a sombra nada revela, ao meio de três elementos viris que brotam do chão, entre um peixe e outro voando no céu, entre o cinza e o branco, peso e leveza, inércia e movimento, aço e carne: a tensão entre a tromba e o seio.

O Mês das Vindimas, 1959 (Magritte) ou Do Lado de Fora de Mim Mesmo






          Existem dois homens iguais ao meio de cinco homens iguais. Eles se vestem de preto.
          Existem cinco homens iguais ao meio de sete homens iguais. Eles usam chapéus.
          Existem sete homens iguais ao meio de onze homens iguais. Eles usam gravatas.
         Existem onze homens iguais ao meio de vinte e três homens iguais. Eles estão em pé.

          Existem vinte e três homens iguais ao meio de vinte e três homens iguais. Eles estão do lado de fora da minha janela. Mas só um me incomoda.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

100 livros essenciais da literatura brasileira - Revista BRAVO!

 

1. Bagagem (Adélia Prado)
2. O Cortiço (Aluísio Azevedo)
3. Lira dos Vinte Anos (Álvares de Azevedo)
4. Noite na Taverna (Álvares de Azevedo)
5. Quarup (Antonio Callado)
6. Brás, Bexiga e Barra Funda (Antonio de Alcântara Machado)
7. Romance d’A Pedra do Reino (Ariano Suassuna)
8. Viva Vaia (Augusto de Campos)
9. Eu (Augusto dos Anjos)
10. Ópera dos Mortos (Autran Dourado)
11. O Uruguai (Basílio da Gama)
12. O Tronco (Bernardo Elis)
13. A Escrava Isaura (Bernardo Guimarães)
14. Morangos Mofados (Caio Fernando Abreu)
15. A Rosa do Povo (Carlos Drummond de Andrade)
16. Claro Enigma (Carlos Drummond de Andrade)
17. Os Escravos (Castro Alves)
18. Espumas Flutuantes (Castro Alves)
19. Romanceiro da Inconfidência (Cecília Meireles)
20. Mar Absoluto (Cecília Meireles)
21. A Paixão Segundo G.H. (Clarice Lispector)
22. Laços de Família (Clarice Lispector)
23. Broqueis (Cruz e Souza)
24. O Vampiro de Curitiba (Dalton Trevisan)
25. O Pagador de Promessas (Dias Gomes)
26. Os Ratos (Dyonélio Machado)
27. O Tempo e o Vento (Érico Veríssimo)
28. Os Sertões (Euclides da Cunha)
29. O que é Isso, Companheiro? (Fernando Gabeira)
30. O Encontro Marcado (Fernando Sabino)
31. Poema Sujo (Ferreira Gullar)
32. I-Juca Pirama (Gonçalves Dias)
33. Canaã (Graça Aranha)
34. Vidas Secas (Graciliano Ramos)
35. São Bernardo (Graciliano Ramos)
36. Obra Poética (Gregório de Matos)
37. O Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa)
38. Sagarana (Guimarães Rosa)
39. Galáxias (Haroldo de Campos)
40. A Obscena Senhora D (Hilda Hist)
41. Zero (Ignácio de Louola Brandão)
42. Malagueta, Perus e Bacanaço (João Antônio)
43. Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)
44. A Alma Encantadora das Ruas (João do Rio)
45. Harmada (João Gilberto)
46. Contos Gauchescos (João Simões Lopes Neto)
47. Viva o Povo Brasileiro (João Ubaldo Ribeiro)
48. A Moreninha (Joaquim Manuel de Macedo)
49. Gabriela, Cravo e Canela (Jorge Amado)
50. Terras do Sem Fim (Jorge Amado)
51. Invenção de Orfeu (Jorge de Lima)
52. O Coronel e o Lobisomem (José Cândido de Carvalho)
53. O Guarani (José de Alencar)
54. Lucíola (José de Alencar)
55. Os Cavalinhos de Platiplanto (J. J. Veiga)
56. Fogo Morto (José Lins do Rego)
57. Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto
58. Crônica da Casa Assassinada (Lúcio Cardoso)
59. O Analista de Bagé (Luis Fernando Veríssimo)
60. Tremor de Terra (Luiz Vilela)
61. As Meninas (Lygia Fagundes Telles)
62. Seminário dos Ratos (Lygia Fagundes Telles)
63. Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
64. Dom Casmurro (Machado de Assis)
65. Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel Antônio de Almeida)
66. Libertinagem (Manuel Bandeira)
67. Estrela da Manhã (Manuel Bandeira)
68. Galvez, Imperador do Acre (Márcio Souza)
69. Macunaíma (Mário de Andrade)
70. Paulicéia Desvairada (Mário de Andrade)
71. O Homem e Sua Hora (Mário Faustino)
72. Nova Antologia Poética (Mário Quintana)
73. A Estrela Sobe (Marques Rebelo)
74. Juca Mulato (Menotti Del Picchia)
75. O Sítio do Pica-pau Amarelo (Monteiro Lobato)
76. As Metamorfoses (Murilo Mendes)
77. O Ex-mágico (Murilo Rubião)
78. Vestido de Noiva (Nelson Rodrigues)
79. A Vida Como Ela É (Nelson Rodrigues)
80. Poesias (Olavo Bilac)
81. Avalovara (Osman Lins)
82. Serafim Ponte Grande (Oswald de Andrade)
83. Memórias Sentimentais de João Miramar (Oswald de Andrade)
84. O Braço Direito (Otto Lara Resende)
85. Sermões (Padre Antônio Vieira)
86. Catatau (Paulo Leminski)
87. Baú de Ossos (Pedro Nava)
88. Navalha de Carne (Plínio Marcos)
89. O Quinze (Rachel de Queiroz)
90. Lavoura Arcaica (Raduan Nassar)
91. Um Copo de Cólera (Raduan Nassar)
92. O Ateneu (Raul Pompéia)
93. 200 Crônicas Escolhidas (Rubem Braga)
94. A Coleira do Cão (Rubem Fonseca)
95. A Senhorita Simpson (Sérgio Sant’Anna)
96. Febeapá (Stanislaw Ponte Preta)
97. Marília de Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga)
98. Cartas Chilenas (Tomás Antônio Gonzaga)
99. Nova Antologia Poética (Vinícius de Moraes)
100. Inocência (Visconde de Taunay)

100 Livros Essenciais da Literatura Mundial - Revista BRAVO!


1. Ilíada, de Homero
2. Odisseia, de Homero
3. Hamlet, de William Shakespeare
4. O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (1/2)
5. A Divina Comédia, de Dante Alighieri (3/3)
6. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust (1/7)
7. Ulisses, de James Joyce
8. Guerra e Paz, de Leon Tosltói
9. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
10. Os Ensaios, de Michel de Montaigne
11. Édipo Rei, de Sófocles
12. Otelo, de William Shakespeare
13. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
14. Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe
15. O Processo, de Franz Kafka
16. Doutor Fausto, de Thomas Mann
17. As Flores do Mal, de Charles Baudelaire
18. O Som e a Fúria, de William Faulkner
19. A Terra Desolada, de T. S. Eliot
20. Teogonia, de Hesíodo
21. Metamorfoses, de Ovídio
22. O Vermelho e o Negro, de Stendhal
23. O Grande Gatsby, de Francis Scott Fitzgerald
24. Uma Temporada no Inferno, de Arthur Rimbaud
25. Os Miseráveis, de Victor Hugo
26. O Estrangeiro, de Albert Camus
27. Medeia, de Eurípides
28. Eneida, de Virgílio
29. Noite de Reis, de William Shakespeare
30. Adeus às Armas, de Ernest Hemingway
31. O Coração das Trevas, de Joseph Conrad
32. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley
33. Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
34. Moby Dick, de Herman Melville
35. Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe
36. A Comédia Humana, de Honoré de Balzac
37. Grandes Esperanças, de Charles Dickens
38. O Homem sem Qualidades, de Robert Musil
39. As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
40. Finnegans Wake, de James Joyce
41. Os Lusíadas, de Luís de Camões
42. Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas
43. Retrato de uma Senhora, de Henry James
44. Decamerão, de Giovanni Boccaccio
45. Esperando Godot, de Samuel Beckett
46. 1984, de George Orwell
47. A Vida de Galileu, de Bertolt Brecht
48. Os Cantos de Maldoror, de Lautréamont
49. A Tarde de um Fauno, de Stéphane Mallarmé
50. Lolita, de Vladimir Nabokov
51. Tartufo, de Molière
52. As Três Irmãs, de Anton Tchekhov
53. O Livro das Mil e Uma Noites
54. O Burlador de Sevilha, de Tirso de Molina
55. Mensagem, de Fernando Pessoa
56. Paraíso Perdido, de John Milton
57. Robinson Crusoé, de Daniel Defoe
58. Os Moedeiros Falsos, de André Gide
59. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
60. O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde
61. Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello
62. As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll
63. A Náusea, de Jean-Paul Sartre
64. A Consciência de Zeno, de Italo Svevo
65. Longa Jornada Noite Adentro, de Eugene Gladstone O’Neill
66. A Condição Humana, de André Malraux
67. Os Cantos, de Ezra Pund
68. Canções da Inocência-Canções da Experiência, de William Blake
69. Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams
70. Ficções, de Jorge Luis Borges
71. O Rinoceronte, de Eugène Ionesco
72. A Morte de Virgílio, de Hermann Broch
73. Folhas de Relva, de Walt Whitman
74. O Deseros dos Tártaros, de Dino Buzzati
75. Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
76. Viagem ao Fim da Noite, de Louis-Ferdinand Céline
77. A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós
78. O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar
79. As Vinhas da Ira, de John Steinbeck
80. Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
81. O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger
82. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
83. Contos - Hans Christian Andersen
84. O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa
85. A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne
86. Uma Passagem para a Índia, de Edward Morgan Forster
87. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
88. Trópico de Câncer, de Henry Miller
89. Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev
90. O Náufrago, de Thomas Bernhard
91. A Epopeia de Gilgamesh
92. O Mahabharata
93. As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino
94. Oh The Road, de Jack Kerouac
95. O Lobo da Estepe, de Herman Hesse
96. O Complexo de Portnoy, de Philip Roth
97. Reparação, de Ian McEwan
98. Desonra, de J. M. Coetzee
99. As Irmãs Makioka, de Junichiro Tanizaki
100. Pedro Páramo, de Juan Rulfo    

100 melhores discos brasileiros - MTV

Em 2003 Revista MTV Music Television 22 perguntou a 52 jornalistas, artistas e experts da área musical brasileira quais os melhores discos lançados no Brasil, em todos os tempos. Foram citadas 552 obras, das quais foram classificadas as 100 MELHORES. Confira a lista:


  1. TROPICALIA OU PANIS ET CIRCENCIS, Caetano Veloso,  Mutantes,  Gilberto Gil,  Gal Costa,  Tom Zé,  Torquato Neto,  Capinan,  Nara Leão e Rogério Duprat, 1968
  2. ACABOU CHORARE, Novos Baianos, 1972
  3. A TÁBUA DE ESMERALDA, Jorge Ben, 1974
  4. SECOS & MOLHADOS, Secos & Molhados, 1973
  5. OS MUTANTES, Mutantes, 1973
  6. CHEGA DE SAUDADE, João Gilberto, 1959
  7. DA LAMA AO CAOS, Chico Science & Nação Zumbi, 1994
  8. TRANSA, Caetano Veloso, 1972
  9. EXPRESSO 2222, Gilberto Gil, 1972
  10. ELIS & TOM, Elis Regina e Tom Jobim, 1974
  11. Selvagem?, Paralamas do Sucesso, 1986
  12. Clube da Esquina, Milton Nascimento e Lô Borges, 1972
  13. Cartola, Cartola, 1976
  14. Construção, Chico Buarque, 1971
  15. Tim Maia, Tima Maia, 1970
  16. Krig-ha,  Bandolo!, Raul Seixas, 1973
  17. Fruto Proibido, Rita Lee e Tutti Frutti, 1975
  18. Tim Maia Racional, Tim Maia, 1975
  19. Amoroso, João Gilberto, 1977
  20. Cartola, Cartola, 1974
  21. Afrociberdelia, Chico Science & Nação Zumbi, 1996
  22. Mutantes, Mutantes, 1969
  23. Pérola Negra, Luiz Melodia, 1973
  24. Samba Esquema Novo, Jorge Ben, 1963
  25. Refazenda, Gilberto Gil, 1975
  26. Em ritmo de aventura, Roberto Carlos, 1967
  27. Fa-Tal Gal a todo vapor, Gal Costa, 1971
  28. Minas, Milton Nascimento, 1975
  29. Sobrevivendo no inferno, Racionais MC's, 1998
  30. Legião urbana, Legião Urbana, 1985
  31. Coisas, Moacir Santos, 1965
  32. Meus caros amigos, Chico Buarque, 1976
  33. Canções Praieiras, Dorival Caymmi, 1954
  34. Estudando o Samba, Tom Zé, 1976
  35. Acústico MTV 2001, Cássia Eller, 2001
  36. Lóki?, Arnaldo Baptista, 1974
  37. Cabeça Dinossauro, Titãs, 1976
  38. Roots, Sepultura, 1996
  39. Nós vamos invadir sua praia, Ultraje a Rigor, 1985
  40. Caetano Veloso, Caetano Veloso, 1967
  41. Muito,  Dentro da Estrela Azulada, Caetano Veloso, 1978
  42. Os afro-sambas de Baden e Vinicius, Vinicius de Moraes,  Quarteto em Cy e Baden Powel, 1966
  43. Urubu, Tom Jobim, 1976
  44. Gilberto Gil, Gilberto Gil, 1969
  45. Falso Brilhante, Elis Regina, 1976
  46. Nervos de Aço, Paulinho da Viola, 1973
  47. Gal Costa, Gal Costa, 1969
  48. Caça à raposa, João Bosco, 1975
  49. Verde anil cor de rosa e carvão, Marisa Monte, 1994
  50. Samba esquema noise, Mundo Livre S/A, 1994
  51. Maria Fumaça, Banda Black Rio, 1977
  52. Essa tal de Gang 90 & Absurdettes, Gang 90, 1983
  53. Caetano e Chico,  juntos e ao vivo, Caetano Veloso e Chico Buarque, 1972
  54. Gil & Jorge (Ogum Xangô), Gilberto Gil e Jorge Ben , 1975
  55. Novo Aeon, Raul Seixas, 1975
  56. O grande circo místico, Chico Buarque e Edu Lobo, 1983
  57. Matita Perê, Tom Jobim, 1973
  58. Wave, Tom Jobim, 1967
  59. África Brasil, Jorge Ben, 1976
  60. O inimitável, Roberto Carlos, 1968
  61. Tim Maia, Tim Maia, 1973
  62. Bebadosamba, Paulinho da Viola, 1996
  63. Ao vivo no Teatro João Caetano, Elizeth Cardoso,  Jacob do Bandolim e Zimbo Trio, 1968
  64. Todos os olhos, Tom Zé, 1973
  65. Carlos,  Erasmo, Erasmo Carlos, 1971
  66. Psicoacústica, Ira!, 1988
  67. Revolver, Walter Franco, 1975
  68. O Som, Meirelles e Os Copa 5, 1964
  69. Ronnie Von, Ronnie Von, 1969
  70. Olho de Peixe, Lenine e Marcos Suzano, 1983
  71. Bloco do eu sozinho, Los Hermanos, 2001
  72. Samba Raro, Max de Castro, 1999
  73. Brasil, João Gilberto,  Caetano Veloso,  Gilberto Gil e Maria Bethânia, 1981
  74. Caetano Veloso, Caetano Veloso, 1969
  75. Estrangeiro, Caetano Veloso, 1989
  76. Chico Buarque, Chico Buarque, 1978
  77. Chico Buarque de Hollanda vol. 2, Chico Buarque, 1967
  78. Antonio Brasileiro Jobim, Tom Jobim, 1994
  79. The composer of desafinado plays, Tom Jobim, 1963
  80. Força Bruta, Jorge Ben, 1970
  81. Jorge Bem, Jorge Ben, 1969
  82. Refavela, Gilberto Gil, 1977
  83. Roberto Carlos, Roberto Carlos, 1972
  84. Roberto Carlos, Roberto Carlos, 1969
  85. Tim Maia, Tim Maia, 1981
  86. Elis, Elis Regina, 1973
  87. Foi um rio que passou em minha vida, Paulinho da Viola, 1970
  88. Fala Mangueira, Cartola,  Carlos Cachaça,  Clementina de Jesus,  Nelson Cavaquinho e Odete Amaral, 1968
  89. Dança da solidão, Paulinho da Viola, 1972
  90. A voz,  o violão,  a música de Djavan, Djavan, 1976
  91. A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, Mutantes, 1970
  92. Canção do Amor Demais, Elizeth Cardoso, 1958
  93. Clementina de Jesus, Clementina de Jesus, 1966
  94. Circense, Egberto Gismonti, 1980
  95. Tempos Modernos, Lulu Santos, 1982
  96. Baterista: Wilson das Neves, Elza Soares, 1968
  97. Quem é Quem, João Donato, 1973
  98. A peleja do Diabo com o Dono do Céu, Zé Ramalho, 1979
  99. Marina Lima, Marina Lima, 1991
  100. Markú, Markú Ribas, 1973

100 maiores álbuns de Jazz - Amazon


 
1. Ornette Coleman - The Shape of Jazz to Come
2. John Coltrane - A Love Supreme
3. Charlie Parker / Dizzie Gillespie - Bird & Diz
4. Miles Davis - Kind of Blue
5. Ella Fitzgerald/Louis Armstrong - Ella and Louis
6. Getz/Gilberto - Getz/Gilberto
7. Erroll Garner - Concert by the Sea
8. Charles Mingus - The Black Saint and the Sinner Lady
9. Wayne Shorter - Speak No Evil
10. Thelonious Monk - Straight, No Chaser
11. Keith Jarrett - The Köln Concert
12. Art Blakey and the Jazz Messengers - Moanin’
13. Chet Baker - Chet Baker Sings
14. John Coltrane - Blue Train
15. Eric Dolphy - Out to Lunch
16. Art Tatum - Piano Starts Here
17. Dexter Gordon - Go!
18. Count Basie - Count Basie at Newport
19. Alice Coltrane - Journey In Satchidananda
20. Dave Brubeck Quartet - Time Out
21. Bill Evans - Everybody Digs Bill Evans
22. Duke Ellington - Duke Ellington & John Coltrane
23. Naked City - Naked City
24. Louis Armstrong - Louis Armstrong Plays W.C. Handy
25. Thelonious Monk Quartet with John Coltrane - At Carnegie Hall
26. Clifford Brown & Max Roach - Clifford Brown & Max Roach
27. Dizzy Gillespie - Afro
28. Miles Davis - Sketches of Spain
29. Pharoah Sanders - Karma
30. Abbey Lincoln - Staright Ahead
31. Charlie Parker - Charlie Parker With Strings
32. Cannonball Adderley Quintet - Somethin’ Else
33. Billie Holiday - Lady in Satin
34. Coleman Hawkins - Body & Soul
35. Art Blakey - A Night in Tunisia
36. Stephane Grappelli - Afternoon in Paris
37. Andrew Hill - Compulsion
38. Thelonius Monk - Monk’s Dream
39. The Bad Plus - Suspicious Activity?
40. Miles Davis - Bitches Brew
41. Herbie Hancock - Takin’ Off
42. Benny Goodman - The Famous Carnegie Hall Jazz Concert 1938
43. Oscar Peterson - The Oscar Peterson Trio at the Stratford Shakespearean Festival
44. Lee Morgan - The Sidewinder
45. Louis Armstrong & Duke Ellington - The Great Summit
46. George Gershwin - Gershwin Plays Rhapsody in Blue
47. Grant Green - Idle Moments
48. Sun Ra - Secrets of the Sun
49. Patricia Barber - Mythologies
50. Charles Mingus - Charles Mingus Presents Charles Mingus
51. Duke Ellington - Such Sweet Thunder
52. Carmen McRae - The Great American Songbook
53. Blossom Dearie - Once Upon a Summertime
54. Cecil Taylor - Unit Structures
55. Lionel Hampton & Stan Getz - Hamp & Getz
56. Nancy Wilson/Cannonball Adderley - Nancy Wilson/Cannonball Adderley
57. David Axelrod - Song Of Innocence
58. Weather Report - Heavy Weather
59. Albert Ayler - Slugs’ Saloon
60. Branford Marsalis - Trio Jeepy
61. Roland Kirk - We Free Kings
62. Shirley Horn - Travelin’ Light
63. Sonny Rollins - A Night at the Village Vanguard
64. Diana Krall - Live In Paris
65. Clifford Brown - Clifford Brown with Strings
66. Milt Jackson - Bags & Trane
67. Kenny Burrell - Midnight Blue
68. Etta Jones - Don’t Go To Strangers
69. Herb Ellis - Ellis in Wonderland
70. Vince Guaraldi Trio - Jazz Impressions of Black Orpheus
71. Rosemary Clooney - Blue Rose
72. Art Pepper - Art Pepper Meets The Rhythm Section
73. Helen Merrill - Helen Merrill
74. Oliver Nelson - The Blues and the Abstract Truth
75. Stanley Clarke - School Days
76. Brad Mehldau - Elegiac Cycle
77. Joshua Redman - Wish
78. Jason Moran - Artist in Residence
79. Ahmad Jamal - Ahmad’s Blues
80. Moondog - Sax Pax for a Sax
81. Wynton Marsalis - Black Codes (From The Underground)
82. Duke Pearson - The Right Touch
83. Astrud Gilberto - The Astrud Gilberto Album
84. Chick Corea - Return To Forever
85. Bill Frisell - Blues Dream
86. Sarah Vaughn / Lester Young - One Night Stand - The Town Hall Concert 1947
87. Herb Alpert & The Tijuana Brass - Whipped Cream & Other Delights
88. Art Ensemble of Chicago - Full Force
89. Bela Fleck & The Flecktones - Bela Fleck & The Flecktones
90. Jimmy Scott - Mood Indigo
91. Elis Regina - Elis & Tom
92. Pat Metheny Group - Offramp
93. Stan Getz - Stan Getz and the Oscar Peterson Trio
94. Skerik’s Syncopated Taint Septet - Husky
95. Cuong Vu - Come Play with Me
96. Anthony Braxton - Five Compositions (quartet)
97. Madeline Peyroux - Careless Love
98. Jaco Pastorius - Jaco Pastorius
99. Max Roach - M’Boom
100. Robert Glasper - In My Element


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Kafka ou Sob o Signo de Odradek


Acabo de publicar ensaio sobre o texto Tribulações de um Pai de Família de Franz Kafka. Pode ser lido na Revista Sibila - Poesia e Crítica Literária.

Para acessar, aqui segue o link: http://sibila.com.br/novos-e-criticos/kafka-ou-sob-o-signo-de-odradek/11453

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

100 Melhores Filmes - Roger Ebert

100 Melhores Filmes - Roger Ebert (ordem alfabética)


• 2001: Uma Odisséia no Espaço – 2001: A Space Odyssey
• À Beira do Abismo – The Big Sleep
• Aguirre, a Cólera dos Deuses – Aguirre, The Wrath of God
• O Anjo Exterminador – El Angel Exterminador
• O Ano Passado em Marienbad – L’Année Dernière à Marienbad
• Apocalipse Now – Apocalypse Now
• Asas do Desejo – Wings of Desire
• O Atalante – L’Atalante
• A Aventura – L’Aventura
• Basquete Blues – Hoop Dreams
• A Bela da Tarde – Belle de Jour
• A Bela e a Fera – La Belle Et La Bette
• Blow-up – Depois Daquele Beijo
• Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas
• A Caixa de Pandora – Pandora’s Box
• Cantando na Chuva – Singin’in the Rain
• Um Cão Andaluz – Um Chien Andalou
• Casablanca – Casablanca
• Chinatown – Chinatown
• Cidadão Kane – Citizen Kane
• Cinzas no Paraíso – Days of Heaven
• Corpos Ardentes – Body Heat
• Um Corpo que Cai – Vertigo
• Crepúsculo dos Deuses – Sunset Boulevard
• Curva do Destino – Detour
• O Decálogo – The Decalogue
• Diabo a Quarto – Duck Soup
• A Doce Vida – La Dolce Vita
• Os Documentários “UP” – The “Up” Documentaries
• Doutor Fantástico – Dr.Strangelove
• Drácula – Dracula
• A Embriaguez do Sucesso – Sweet Smell of Sucess
• Encouraçado Potemkin – Bronenosets Potyamkin
• Ervas Flutuantes – Ukigusa
• E.T. – O Extraterrrestre E.T.
• Faça a Coisa Certa – Do The Right Thing
• Fargo – Uma Comédia de Erros- Fargo
• A Felicidade não se Compra – It’s a Wonderful Life
• As Férias do Sr. Hulot – Les Vacances de Mr.Hulot
• A General – The General
• A Grande Ilusão – La Grand Illusion
• Guerra nas Estrelas – Star Wars
• Os Incompreendidos – Les 400 Coups
• Interlúdio – Notorious
• JFK – A Pergunta que não quer Calar JFK
• Ladrão de Alcova – Trouble in Paradise
• Ladrão de Bicicletas – Ladri di Biciclette
• Lawrence da Arábia – Lawrence da Arábia
• Lírio Partido – Broken Blossoms
• A Lista de Schindler – Schindler’s List
• Luzes da Cidade – City Lights
• M – O Vampiro de Dusseldorf M
• O Mágico de Oz – The Wizard of Oz
• A Malvada – All About Eve
• Manhattan – Manhattan
• O Martírio de Joana D’Arc – La Passion de Jeanne D’arc
• O Medo Devora a Alma – Angst Essen Seele Auf
• O Mensageiro do Diabo – The Night of The Hunter
• Metrópolis – Metropolis
• Meu Ódio Será sua Herança – The Wild Bunch
• Uma Mulher Sob Influência – A Woman Under the Influence
• A Mulher de Areia – Suna no Onna
• Nashiville – Nashiville
• A Noiva de Frankenstein – Bride of Franskenstein
• Nosferatu – Nosferatu
• Oito e Meio – 8 ½
• Ouro e Maldição – Greed
• Pacto de Sangue – Double Indemnity
• Paixão dos Fortes – My Darling Clementine
• Palavras ao Vento – Written on the Wind
• Pickpocket – Pickpocket
• Pinóquio – Pinocchio
• O Poderoso Chefão – The Godfather
• Portais do Céu – Gates of Heaven
• Psicose – Psycho
• Pulp Fiction – Tempo de Violência
• Quando Duas Mulheres Pecam – Persona
• Quando os Homens são Homens – McCabe & Mrs. Miller
• Quanto Mais Quente Melhor – Some Like It Hot
• Rede de Intrigas – Network
• Os Reis do iê-iê-iê – A Hard Day’s Night
• Relíquia Macabra – The Maltese Falcon
• Rio Vermelho – Red River
• Ritmo Louco – Swing time
• O Samurai – Le Samourai
• Se Meu Apartamento Falasse – The apartament
• Os setes Samurais – The Seven Samurai
• O Sétimo Selo – The Seventh Seal
• O Silêncio dos Inocentes – The Silence of the Lambs
• Sindicato de Ladrões – On the Waterfront
• Um Sonho de Liberdade – The Shawshank Redemptio
• Taxi Driver – Taxi driver
• O Terceiro Homem – The Third Man
• A Tortura do Medo – Peeping Tom
• Touro Indomável – Raging Bull
• As Três Noites de Eva – The Lady Eve
• A Trilogia de Apu – The Apu Trilogy
• E o Vento Levou – Gone with the Wind
• Viver – Ikiru
• Viver a Vida – Vivre sa Vie

100 MELHORES DO CINEMA - Guia Zahar - Ronald Bernan

Lista dos 100 MELHORES DO CINEMA do livro Guia ilustrado Zahar Cinema, Ronald Bernan, Jorge Zahar Ed. (a lista está em ordem cronológica)



• O Nascimento de Uma Nação – D.W.Griffith-1915
• O Gabinete do Dr.Caligari – Robert Wiene-1919
• Nosferatu, o vampiro – F.W. Murnau-1921
• Nanook, o esquimó – Robert Flaherty-1922
• O encouraçado Potemkin – Sergei Eisenstein-1925
• Metrópolis – Fritz Lang-1926
• Napoleão – Abel Gance-1927
• Um cão andaluz – Luis Bunuel-1928
• O martírio de Joana d’Arc – Carl Dreyer-1928
• Sem novidade no front – Lewis Milestone-1930
• O anjo azul – Josef Von Stemberg-1930
• Luzes da cidade – Charlie Chaplin-1931
• Rua 42 – Lloyd Bacon-1933
• O diabo a quatro – Leo McCarey-1933
• King Kong – Merian Cooper/Ernest Schoedsack-1933
• O atalante – Jean Vigo-1934
• Branca de Neve e os sete anões – Walt Disney-1937
• Olímpia – Leni Riefenstahl-1938
• A regra do jogo – Jean Renoir-1939
• …E o vento levou – Victor Fleming-1939
• Núpcias de escândalo – George Cukor-1940
• As vinhas da ira – John Ford-1940
• Cidadão Kane – Orson Welles-1941
• Relíquia macabra – John Huston-1941
• Pérfida – Willian Wyler-1941
• Ser ou não ser – Ernst Lubitsch-1942
• Nosso barco, nossa alma – Noel Coward-1942
• Casablanca – Michael Curtiz-1942
• Obsessão – Luchino Visconti-1942
• O Boulevard do crime – Marcel Carné-1945
• Neste mundo e no outro – Michael Powell, Emeric Pressburger-1946
• A felicidade não se compra – Frank Capra-1946
• Ladrões de bicicleta – Vittorio de Sica-1948
• Carta de uma desconhecida – Max Ophuls-1948
• Um país de anedota – Henry Cornelius-1949
• O terceiro homem – Carol Reed-1949
• Orfeu – Jean Cocteau-1950
• Rashomon – Akira Kurosawa-1950
• Cantando na chuva – Gene Kelly, Stanley Donen-1952
• Era uma vez em Tóquio – Yasujiro Ozu-1953
• Sindicato de ladrões – Elia Kazan-1954
• Tudo o que o céu permite – Douglas Sirk-1955
• Juventude transviada – Nicholas Ray-1955
• A canção da estrada – Satyajit Ray-1955
• O mensageiro do diabo – Charles Laughton-1955
• O sétimo selo – Ingmar Bergman-1957
• Um corpo que cai – Alfred Hitchcock-1958
• Cinzas e diamantes – Andrzej Wajda-1958
• Os incompreendidos – François Truffaut-1959
• Quanto mais quente melhor – Billy Wilder-1959
• Acossado – Jean-Luc Godard-1960
• A doce vida – Federico Fellini-1960
• Tudo começou no sábado – Karel Reisz-1960
• A aventura – Michelangelo Antonioni-1960
• O ano passado em Marienbad – Alain Resnais-1961
• Lawrence da Arábia – David Lean-1962
• Dr. Fantástico – Stanley Kubrick-1964
• A batalha de Argel – Gillo Pontecorvo-1966
• A noviça rebelde – Robert Wise-1965
• Andrei Rublev – Andrei Tarkovsky-1966
• The Chelsea Girls – Andy Warhol-1966
• Bonnie e Clyde – Uma rajada de balas – Arthur Penn-1967
• Meu ódio será sua herança – Sam Peckinpan-1969
• Sem destino – Dennis Hopper-1969
• O conformista – Bernardo Bertolucci-1969
• O poderoso chefão – Francis Ford Coppola-1972
• Aguirre, a cólera dos deuses – Werner Herzog-1972
• Nashville – Robert Altman-1975
• O império dos sentidos – Nagisa Oshima-1976
• Taxi Driver – Motorista de Táxi – Martin Scorsese-1976
• Noivo neurótico, noiva nervosa – Woody Alen-1977
• Star Wars – George Lucas-1977
• O casamento de Maria Braun – Rainer Werner-1978
• O franco-atirador – Michael Cimino-1978
• ET, o extraterrestre – Steven Spielberg-1982
• Blade Runner, o caçador de asteróides – Ridley Scott-1982
• Paris, Texas – Wim Wenders-1984
• Heimat – Edgar Reitz-1984,1992,2005
• Vê e veja – Elem Klimov-1985
• Veludo azul – David Lynch-1986
• Shoah – Claude Lanzmann-1985
• Uma janela para o amor – James Ivory-1985
• Mulheres á beira de um ataque de nervos – Pedro Almodovar-1988
• Cinema Paradiso – Giuseppe Tornatore-1989
• Faça a coisa certa – Spike Lee-1989
• Lanternas vermelhas – Zhang Yimou-1991
• Os imperdoáveis – Clint Eastwood-1992
• Cães de aluguel – Quentin Tarantino-1992
• Trois couleurs – Kryztof Kieslowski-1993,1994
• Através das oliveiras – Abbas Kiarostami-1994
• Quatro casamentos e um funeral – Mike Newell-1994
• Toy Story – John Lasseter-1995
• Fargo – Uma comédia de erros – Joel Coen-1996
• O tigre e o dragão – Ang Lee-2000
• Amor a flor da pele – Wong Kar Wai-2000
• Traffic – Steven Soderbergh-2000
• O senhor dos anéis – Peter Jackson-2001,2002,2003
• Cidade de Deus – Fernando Meirelles-2002
• Brilho eterno de uma mente sem lembranças – Michel Gondry-2004

100 Melhores Filmes - Revista Bravo

100 Melhores Filmes - Revista Bravo!


01. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles
02. O Poderoso Chefão (1972), de Francis Ford Coppola
03. Sindicato de Ladrões (1954), de Elia Kazan
04. Um Corpo de Cai (1958), Alfred Hitchcock
05. Casablanca (1942), de Michael Curtiz
06. Oito e Meio (1963), de Federico Fellini
07. Lawrence da Arábia (1965), de David Lean
08. A Regra do Jogo (1939), de Jean Renoir
09. O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei Eisenstein
10. Rastros de Ódio (1956), de John Ford
11. Cantando na Chuva (1956), de Gene Kelly e Stanley Donen
12. Crepúsculo dos Deuses (1950), de Billy Wilder
13. Persona (1966), de Ingmar Bergman
14. O Mensageiro do Diabo (1955), de Charles Laughton
15. 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick
16. Os Sete Samurais (1954), de Akira Kurosawa
17. O Leopardo (1963), de Luchino Visconti
18. Taxi Driver (1976), de Martin Scorsese
19. Era uma Vez em Tóquio (1953), de Yasujiro Ozu
20. Fitzcarraldo (1982), de Werner Herzog
21. Acossado (1959), de Jean-Luc Godard
22. Jules e Jim (1962), de François Truffaut
23. O Conformista (1970), de Bernardo Bertolucci
24. Em Busca do Ouro (1925), de Charles Chaplin
25. Metrópolis (1926), de Fritz Lang
26. O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman
27. A Aventura (1960), de Michelangelo Antonioni
28. Amarcord (1973), de Federico Fellini
29. Viridiana (1961), de Luis Buñuel
30. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), de Woody Allen
31. O Nascimento de uma Nação (1915), de D. W. Griffith
32. Apocalypse Now (1979), de Francis Ford Coppola
33. Era uma Vez no Oeste (1968), de Sérgio Leone
34. Assim Caminha a Humanidade (1956), de George Stevens
35. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
36. O Martírio de Joana D’Arc (1928)
37. Touro Indomável (1980), de Martin Scorsese
38. Olympia (1938), de Leni Riefenstahl
39. O Falcão Maltês (1941), de John Huston
40. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
41. Dr. Fantástico (1964), de Stanley Kubrick
42. Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini
43. A Doce Vida (1960), de Federico Fellini
44. Chinatown (1974), de Roman Polanski
45. A Felicidade Não se Compra (1946), de Frank Capra
46. ...E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming
47. Tempos Modernos (1936), de Charles Chaplin
48. A Um Passo da Eternidade (1953), de Fred Zinnermann
49. O Sacrifício (1986), de Andrei Tartovski
50. Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick
51. A General (1927), de Buster Keaton
52. O Homem Elefante (1980), de David Lynch
53. O Mágico de Oz (1939), de Victor Fleming
54. Querelle (1982), de Rainer Werner Fassbinder
55. A Primeira Noite de um Homem (1967), de Mike Nichols
56. Morte em Veneza (1971), de Luchino Visconti
57. A Última Sessão de Cinema (1971), de Peter Bogdanovich
58. Os Bons Companheiros (1990), de Martin Scorsese
59. Blade Runner – O Caçador de Andróides (1982), de Ridley Scott
60. A Malvada (1950), de Joseph L. Mankiewicz
61. Nosferatu (1922), de Friedrich W. Murnau
62. O Último Tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci
63. Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio de Sica
64. Asas do Desejo (1987), de Wim Wenders
65. Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), de Quentin Tarantino
66. Repulsa ao Sexo (1965), de Roman Polanski
67. Crimes e Pecados (1989), de Woody Allen
68. Uma Rua Chamada Pecado (1951), de Elia Kazan
69. Butch Cassidy e Sundance Kid (1969), de George Roy Hill
70. Os Imperdoáveis (1992), de Clint Eastwood
71. Patton – Rebelde ou Herói? (1969), de Franklin J. Schaffner
72. Tudo Sobre Minha Mãe (1999), de Pedro Almodóvar
73. Um Lugar ao Sol (1951), de George Stevens
74. Um Estranho no Ninho (1975), de Milos Forman
75. Amor à Flor da Pele (2000), de Wong Kar-Wai
76. Hiroshima, Meu Amor (1959), de Alain Resnais
77. Kaos (1984), de Irmaõs Taviani
78. Brazil, O Filme (1985), de Terry Gilliam
79. Quanto Mais Quente Melhor (1956), de Billy Wilder
80. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
81. Os Homens Preferem as Loiras (1953), de Howard Hanks
82. Um Cão Andaluz (1928), Luis Buñuel
83. Los Angeles – Cidade Proibida (1997), de Curtis Hanson
84. Pixote – A Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco
85. Ben-Hur (1959), de William Wyler
86. Fantasia (1940), de Walt Disney
87. Sem Destino (1969), de Dennis Hopper e Peter Fonda
88. Dogville (2003), de Lars Von Trier
89. O Império dos Sentidos (1976), de Nagisa Oshima
90. Um Convidado Bem Trapalhão (1968), de Blake Edwards
91. A Lista de Schindler (1993), de Steven Spielberg
92. Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas
93. O Pântano (2000), de Lucrecia Martel
94. Cabaré (1972), de Bob Fosse
95. Operação França (1971), de William Friedkin
96. King Kong (1933), de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack
97. As Invasões Bárbaras (2003), de Denys Arcand
98. Fargo (1996), de Joel e Ethan Cohen
99. M.A.S.H. (1970), de Robert Altman
100. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Palestra sobre o filme "Azul é a cor mais quente"




Prezados amigos,

No dia 12/11/14, farei palestra sobre o filme Azul é a cor mais quente do diretor Abdellatif Kechiche.

O título da palestra é: Quem tem medo de Azul?

A palestra está inserida na programação do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito do Mackenzie - SP (CAJMJr) sobre sexualidade.

O local: sala 205, prédio 3 - Faculdade de Direito do Mackenzie - SP

O horário: 19:30hs.

No dia 11/11, para os que ainda não tiveram oportunidade de assistir, o CAJMJr exibirá o filme na Universidade no período noturno.

Convido, então, os amigos para debater o filme nesta quarta-feira.

Abraços!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Os lábios de Adèle ou quem tem medo de Azul?




            Comecemos pelo sexo.

            Sim, pelo sexo.

            Existe algo de estranho nos discursos bem-pensantes sobre o filme “Azul é a cor mais quente” de Abdellatif Kechiche. O que se diz reforça o que não gostariam que se dissesse. Os críticos menos entusiastas do filme e boa parte do público ficaram chocados com as cenas de sexo. Um certo moralismo barato pergunta se as cenas precisavam ser tão explícitas. Para não parecerem tacanhos, este tipo de moralismo não vai simplesmente dizer que o filme tem cenas quase-pornográficas e isto é o que incomoda prontamente. Também não vai dizer que o fato destas cenas serem de sexo homossexual tenha trazido algum incômodo. Este tipo de crítica, rasa, gostaria de uma história de amor sem sexo, sem desejo e bem comportada, adequada aos padrões sexuais dominantes. Por mais que tente esconder, é uma crítica preconceituosa e conservadora. Mas, isso não é segredo para ninguém.

            Ocorre que existe outra corrente crítica sobre este filme que, mais elaborada, no entanto repete o mesmo moralismo da crítica rasteira. E pior, sem perceber.

            Então temos que escutar a lenga-lenga de que o filme é, na verdade, a história das descobertas de uma adolescente perturbada com sua posição existencial no mundo, que retrata um doce amor homossexual, que denuncia o próprio moralismo da sociedade francesa ou que simplesmente é um filme que acompanha a vida de uma mulher, Adèle, como nas histórias de Truffaut. Depois de dizer isso, estes críticos salientam que o filme tem três horas e que as longas cenas de sexo não são tão longas ou, pior, que não representam o mais importante da história, seriam apenas cenas normais de um relacionamento.

            O que esta corrente crítica faz, no fundo, é dizer que o sexo não tem, para o bom expectador, um papel tão relevante assim, dado que a verdadeira história seria sobre outra coisa. E ficamos quase que culpados por não termos entendido a coisa toda bem assim, na medida em que enxergamos sexo por todos os lados dentro do filme.

            Esta crítica, que propõe uma leitura não-sexual do filme, acaba por fazer o jogo dos moralistas mais arraigados. Que história é essa de uma adolescente e suas dúvidas existenciais sem sexo? De um doce amor homossexual sem desejo? Do moralismo francês sem o escândalo? Do itinerário da vida de uma mulher sem a sedução? O filme pode ser interpretado de todas estas maneiras, mas, alguma coisa se perde ao negar ao olhar uma tensão de caráter sexual que percorre toda a história.

            Por que esta crítica insiste em subtrair o sexo da própria vida pulsante da protagonista?

            Tudo se passa, ao avesso, como se a vida fosse subtraída de sexo, como nos filmes de comédia romântica que passam nas sessões da tarde e que são completamente inofensivos na sua falta de imaginação – digo, desejo –, e nas suas cenas “delicadamente” mais picantes.

            É preciso dizer, sim, o filme trata de sexo e não há nada de errado com isso!

            Em uma história narrada quase que completamente em closes, não é verdade que as únicas cenas sexuais sejam aquelas em que Adèle e Emma estão deitadas na cama se beijando, se acariciando, se descobrindo aos poucos, de maneira bela e agitada, ou agitadamente bela. Existe, é verdade, algo de performático no modo como a câmera encaminha estas cenas. Explosão de paixão, não resta dúvida que o diretor sabe o que está fazendo. Não é propriamente um certo voyeurismo o que o diretor exige dos expectadores, é uma certa cumplicidade. Ao vermos o relacionamento sexual entre as duas de maneira tão aberta, talvez seja o caso de deixar de lado os preconceitos, de enxergar o que raramente se vê nos limites estéticos dos filmes tradicionais, talvez seja o caso de mudar a chave do olhar sobre o sexo e encontrar, admiravelmente, sob a película do filme a beleza que existe nas verdadeiras paixões.

            Mas, passemos aos lábios.

A questão sexual em “Azul” está para além das cenas mais explícitas, é bom que se diga, e não é preciso ter muita imaginação para perceber isso. A câmera, a todo momento, captura a boca das personagens, principalmente, de Adèle. Então, temos que ver o modo como ela mastiga os alimentos e se emporcalha com a comida. O modo como bebe, o modo como passa a língua sobre seus lábios. O modo como o macarrão bolonhesa suja estes lábios. O modo como fuma deliciosamente sem culpa. Os beijos maravilhosamente bem filmados, em que os lábios-língua-dentes entram em ação. Os lábios de Adèle são, ao mesmo tempo, titubeantes quando necessários e perigosamente impulsivos quando óbvios. Até mesmo na maneira como seus cabelos revoltosos pregam peças e ficam na sua frente eles escancaram o desejo de uma forma aberta.

            Talvez duas cenas traduzam de maneira geral a atmosfera sexualizada deste “Azul”. Pode-se dizer, inclusive, que são as duas cenas limites: o começo e o fim do filme. Um filme não começa com a abertura do primeiro plano e nem termina com o cair dos créditos. Neste caso, nos parece que o filme começa mesmo é na noite de Adèle na boate gay, e termina no café, em um dos últimos encontros entre Adèle e Emma, apesar de sobrarem mais algumas cenas completamente dispensáveis até os créditos.

            Neste começo do filme, Adèle está confusa. Muita coisa tem acontecido em sua vidinha normal. Sem saber muito bem como e nem por que, ela vai parar em uma boate gay. Ali, é abordada por Emma, a mulher dos cabelos azuis que já tinha visto na rua e que, quase como em uma história de amor à primeira vista, já tinha habitado seus sonhos. Emma e Adèle simplesmente conversam. Conversa banal. Mas, ao contrário das conversas retratadas anteriormente entre Adèle e Thomas, conversas triviais, o bate-papo entre as duas, quase que imbecil em seu conteúdo, é de uma tensão ímpar. Adèle está realmente empolgada e Emma, na sua experiência de mulher feita, visivelmente interessada. Ali, para os menos avisados, aqueles que não leram a sinopse do filme, não resta dúvida – elas vão ter um caso. A cena transborda desejo por todos os lados e diz respeito aqueles momentos de conquista e descoberta anteriores ao sexo propriamente dito que, talvez, sejam mais eróticas que o próprio sexo pois detém em si a sua lógica primeira: a sedução.

            Já no café, anos depois deste primeiro encontro, depois de todo um relacionamento juntas, elas se reúnem para conversar. Já estão separadas faz algum tempo, mas Adèle continua perdidamente apaixonada por Emma. Ela sabe que é sua última oportunidade de conquistar Emma. Aqui, os papeis se invertem. Se no encontro na boate era Adèle que era o objeto do desejo, no café, é Emma quem precisa ser conquistada. Mas a conversa vai mal. Emma não ama mais Adèle. Pelo menos, é o que diz. Então, a protagonista, incapaz de seduzir e estourando de desejo, apela para o sexo propriamente dito, o terreno em que suas relações eram incandescentes. Ela pega a mão de Emma e a beija, lambe, morde, engole. Pega a mão de Emma e coloca entre suas coxas. Mas, se Emma se perturba com toda aquela investida, ela não aceitará voltar atrás.

Estão separadas para sempre, pensamos. E ficamos tristes.

               

***

            Mas, terminemos pelo azul

            Sim, pelo azul.

            Azul é a cor mais triste. Mas, neste filme, a cor do desejo. É a cor dos cabelos de Emma, a mulher que vai virar a cabeça de Adèle. A cor vai aparecer em diversos momentos do filme e vai acompanhar, por assim dizer, toda a vida da personagem principal. 

            É verdade que a personagem Adèle começa o filme com uma garota curiosa, em dúvida sobre sua própria sexualidade, e termina o filme como uma mulher que tem um passado e, portanto, sabe o que é a perda. Acompanhamos este desenvolvimento, este itinerário, de uma posição privilegiada que somente podemos ter por estarmos sentados na plateia do cinema. Kechiche seleciona perfeitamente bem o que filmar. O resultado é que talvez conheçamos melhor Adèle do que ela mesma possa fazer por si. Conseguimos entender seus desejos, suas dúvidas, suas frustrações e seus vacilos. Adèle, no entanto, fica o tempo inteiro sem saber direito o que realmente está acontecendo consigo mesma.

            Adèle é um enigma para si. Nos momentos iniciais do filme, tudo se passa como se ela o tempo inteiro se perguntasse: “Mas, o que está acontecendo comigo?” O que não melhora até o final do filme quando podemos dizer que ela se pergunta: “Mas, por que eu fui fazer isso?” Da plateia, podemos entender o outro, fazemos as conexões entre as cenas e percebemos a lógica por trás das ações da personagem. Podemos entender de onde brota seu desejo, como se articula o seu ciúme, o porquê de sua traição. Ela mesma, porém, não terá o mesmo privilégio. Então, ela simplesmente vive. Vive intensamente. Kechiche é brilhante nestes termos porque ao construir sua personagem, de maneira instigante, acaba não apenas por sensibilizar o expectador, mas a humaniza-lo. Vivenciamos a angústia, o desejo, a perda, a saudade.

            Duas cenas estão interligadas. Em um determinado momento, após ter recebido seu primeiro beijo homossexual de uma garota da escola, Adèle não se contém de exaltação e felicidade. Espera o dia seguinte em que acaba por abordar a mesma garota sozinha no banheiro da escola. Ali, ela se aproxima e começa a beijar a garota, sem maiores avisos. Não é correspondida. A garota explica que o beijo anterior foi fruto de momento e que não significava muita coisa. Adèle fica extremamente confusa, embaraçada, envergonhada. Solta um choro contido, umas lágrimas tão autênticas que doem. Na cena do café, já ao final do filme, ela também beija e não é correspondida. Agora, é o amor da vida dela que diz não a amar mais. O choro já não é mais contido, é longo, ranhento, explosivo. Será que ela errou o tom mais uma vez? Não percebeu em que pé estava a relação com Emma? O que mudou entre estas duas frustrações? Uma no começo de sua vida amorosa e outra ao final da grande história de amor de sua vida. O que liga as pontas destas duas cenas essenciais?

            Talvez seja a vida. A vida de Adèle como retratada no filme. A vida que se vive sem muitas explicações. A vida que pulsa, que quer, que perde e que ganha. A vida exuberantemente filmada e que neste filme tem cor.